DIÁRIO DE UMA AGENDA MACHUCADA...

Ia eu, no meu dia a dia estradeiro até Franca, 1º de fevereiro, ouvindo no rádio aquela música gostosa:
“Você fala por ai que não me ama, você jura que não sente mais nada, mais a noite é pesadelo em sua cama, solidão na madrugada...”. Eu fazia a terceira voz em sol maior, aos berros.

Quando de repente, perto de Batatais... bumm!!! Ultrapassava uma carreta, o carro desgovernou, deu um leve toque de traseira no caminhão, e rodou na pista, graças a Deus, no lado contrário. Susto... pernas tremendo...nossa! Parei no acostamento.
Um cachorro vira latas, meio parecido com um pastor alemão, coitado, não teve sorte, esquartejado. Nem o vi! A frente do carro, já viu né? Destroçada. O dia começou bem... mal.

Sabe aqueles dias de agenda cheia, planos pra lá e pra cá, decisões a tomar, trabalhos a fazer de montão? Tudo pro beleléu. Sabia que no dicionário informal de português beleléu significa lugar distante, além, falecer, desaparecer, sumir? Pois é, a agenda faleceu. Ainda bem que não fui eu, menos mal, meu.


Começou a ladainha sem agenda.
Primeiro o contato com a operadora de pedágio. 20 minutos para atender, mais 10 pra explicar. Depois a espera pelo socorro. Mais 40 minutos. Depois os trabalhos de guincho, mais 1 hora. Depois a viagem de volta até um lugar incerto e indeterminado. Mais 1 hora. Depois inicia a luta com a seguradora. 20 minutos para atender, mais 10 pra explicar, mais 1 hora para esperar o outro guincho, mais 1 hora para levar o carro.
Já contaram? Pois somando até aqui dão 4 horas e 40 minutos. Estomago nos intestinos.


Nesse ínterim, fiquei pensando no cachorro. Interessante que ele atravessava a pista com um rato na boca. Imagine! A agenda dele certamente seria comer o apetitoso rato. Só que no caso o beleléu dele foi fatal, desapareceu mesmo, com agenda e tudo. Assim como o rato, que já jazia meio mastigado, cuja agenda já estava morta há algum tempo.
Telefonemas daqui, de lá, problemas resolvidos pela metade, etc.. Tentativas vãs de reconstituição da agenda.
Continua a ladainha. Ocorrência policial, 1 hora, ocorrência da seguradora, 1 hora, análise de sinistro meia hora. Já lá se vão 7 horas e dez minutos.

Depois, sem carro, sem lenço e sem documento. Caetano que o diga!
E pior, fiquei com a agenda machucada.
Oras, antes ela do que eu...





Relato graças a Deus, " engraçado " de um acidente hoje...

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