
Depois de aparecer em programas de TV, inclusive no Programa de Jô Soares, ele viu a agenda de sua igreja para cerimônias de casamento ficar lotada. Para este ano, não há mais vagas nas sextas e sábados. Entrevistado pela Folha de São Paulo, fez algumas declarações que destoam do discurso da maioria dos sacerdotes brasileiros.
O brasiliense Aldo diz que gosta de debater questões polêmicas e defender as minorias. “Temas como o direito ao aborto, os estudos com células-tronco, o respeito aos gays e o uso de anticoncepcionais devem ser abordados. Quero discutir o que é o mundo contemporâneo –e não o que é a igreja”, diz ele.
Para o pastor, os brasileiros ainda são muito conservadores enquanto família, mas enfatiza que em sua igreja “Todos são bem-vindos. Inclusive gays assumidos, divorciados e fiéis desiludidos com outras religiões”. Aldo entende que o mundo moderno é marcado por uma sociedade plural. E afirma que “Na minha leitura do Evangelho, todo mundo tem o direito de ser feliz. Aqui, as pessoas sentem que as diferenças são respeitadas”.
Perguntado sobre seu sucesso como “casamenteiro”, enfatiza “Casei evangélicos, hindus, judeus, muçulmanos, grávidas, desquitadas e por aí vai. Casamento gay? Farei assim que a lei permitir”. A igreja anglicana foi uma das primeiras do mundo a ter uma postura mais “inclusiva” sendo favorável à ordenação de homossexuais para o sacerdócio. Isso gerou um cisma que enfraqueceu a Igreja fora da Europa.
Dos 70 milhões de anglicanos no mundo, cerca de 100.000 vivem no Brasil. A igreja anglicana, ou episcopal como também é chamada, nasceu na Inglaterra. Sua fundação é atribuída a Henrique VIII, que rompeu os laços com Roma após ter seu pedido de divórcio negado.
Os anglicanos observam os sete sacramentos e acreditam na Santíssima Trindade. No entanto, seus sacerdotes não estão obrigados ao celibato. Em geral defendem o uso de contraceptivos e realizam casamentos entre divorciados. Aldo calcula que um terço dos casamentos celebrados por ele são entre divorciados, o que muitas igrejas não concordam em fazer.
Com informações Folha.com
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